26.12.22

Meus Escritos # Palavra

Aprendi usar as palavras para repensar

Não que seja fácil dentro delas me notar

É preciso capacidade pra nas entrelinhas buscar

E com destreza, meus pedaços encontrar

Não escrevo só de mim, apesar de tantas dores

Também falo do amor e da beleza das flores

Misturo-me aos espinhos, escondo meus sentimentos 

Por vezes ela sou eu, eu sou ela em momentos

A palavra é minha amiga e inimiga o pesar

Que as mesmas acarretam, quando a dor em meu olhar

Carregam sem cerimônia, explanam um elixir

Da dor que ousa em doer mesmo sem mais existir

Por isso nesse poema quero com grande esmero

Agradecer as palavras que acompanham o desespero

De quem sente tudo ao máximo e não consegue repelir

E faz das mesmas palavras... a cura, o resistir.



Poema publicado no livro "Antologia Poesias Volume I" pela Editora Vila Rica 

ISBN: 978-658637-915-0

3 comentários:

  1. "Da dor que ousa em doer mesmo sem mais existir", quantas dores se tornam cicatrizes e quantas delas se curam e ainda são lembradas. palavras podem ser tudo e nada.

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